sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Amazônia: índices de desmatamento subiram


A triste notícia vem do Ministério do Meio Ambiente e infelizmente, foram 16% a mais, em relação ao ano anterior. Tratando, obviamente, do desmatamento legal. A área de desmatamento que em 2014 era correspondente a 5012 km², segundo o que foi divulgado pelo Inpe (Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais), aumentou para 5.831 km².

São mais de 5.800 km² de destruição. Se você pensar que um campo de futebol, tem cerca de 100 m², você pode tentar mensurar o estrago na Amazônia. Três Estados estão apontados pelo Inpe, como principais vilões do desmatamento, por ter os maiores índices de área verde derrubada: Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.

A avaliação foi feita no período de agosto/2014 a julho/2015. Os dados são computados pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), que é um software do Inpe, capaz de monitorar 4 milhões de km² anualmente.  Ele calcula áreas a partir de 6,25 hectares e tem sido eficaz no controle do desmatamento e disfunções climáticas, pois funciona por satélites. Há mais de 40 anos o Prode é um aliado do Brasil no combate ao desmatamento. Em 1970 ocorreu o primeiro resultado do mapeamento total da Amazônia. Mas ainda não era com todas as informações e controle que temos hoje. Só em 88 que o Prodes passou a ser totalmente eficaz nos dados acerca do desmatamento e operacional, com auxílio de satélites, gerando informações completas.

O Brasil participa, durante essa semana, da COP 21, Conferência do Clima, evento realizado pela ONU. Certamente terá de prestar esclarecimentos sobre esses dados na conferência; já que o intuito da COP 21 é realizar acordos para diminuição de gases, para controlar o efeito estufa.

Isso falando apenas do desmatamento legal. E se conseguirmos somar o ilegal, como ficaria isso? Existe mesmo a necessidade de tanta devastação? Como andam as ações de reflorestamento? Algo está sendo feito para que a área reflorestada seja pelo menos do mesmo tamanho que a destruída?

Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, se posicionou sobre os dados do Inpe e essa divulgação do Ministério da Agricultura. Segundo ela, o governo federal realizou um investimento de R$ 220 milhões em ações de gestão ambiental. E existe uma contradição entre o investimento e o resultado apontado pelo Prodes. Ela afirmou estar decepcionada com o que era esperado a partir desse investimento do governo e disse também que os Estados citados serão notificados.






Fonte: CG



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