terça-feira, 8 de agosto de 2017

A Farsa da Ida do Homem a Lua na Midia


Leia a matéria e assista ao vídeo e tire suas conclusões.

O governo americano anunciou sua disposição de voltar a fazer vôos tripulados à Lua. Mas, mais de 30 anos após a Apolo 11 levar o homem ao satélite pela primeira vez, ainda há quem duvide que isso de fato ocorreu em 20 de julho de 1969. Em livros, filmes e sites, há cada vez mais argumentos “científicos” para defender a idéia de que tudo não passou de uma conspiração americana para cumprir o objetivo proposto, em 1961, pelo presidente John Kennedy, de que os EUA fariam uma viagem tripulada à Lua antes do fim da década de 1960 (tudo para passar à frente dos soviéticos na chamada corrida espacial). A cara e cuidadosa farsa teria sido preparada e realizada num estúdio no estado de Nevada, sob a direção de ninguém menos que Stanley Kubrick, o realizador de 2001 – Uma Odisséia no Espaço. Confira aqui algumas das “provas” dessa teoria conspiratória. Você pode se divertir… ou acreditar.

Uma teoria da conspiração espacial

Luz, vento, vácuo, estrelas. O que sobra e o que falta nas fotos da Nasa, segundo os incrédulos
Na penumbra
A “farsa” da Nasa
Como só há uma fonte de luz na Lua (o Sol) e como não há atmosfera para difundi-la, as sombras não deveriam formar as regiões de penumbra mostradas nas fotos. Além disso, objetos paralelos não têm sombras paralelas, o que prova que havia mais de uma fonte de luz: os refletores do estúdio.
Verdade ou mentira?
Além do Sol, havia fontes de luz secundárias – a reflexão da luz solar na Lua, nas roupas dos astronautas e no módulo lunar. Boa parte dos raios refletidos na superfície do satélite “bate” de novo nos objetos e espalha-se em diversas direções, o que explica o aparecimento da penumbra. Quanto ao paralelismo, a transposição de 3 dimensões para 2 provoca as distorções.
Tremulando no vácuo
A “farsa” da Nasa
As fotos e os vídeos exibidos mundo afora mostram a bandeira americana tremulando. Como isso é possível se na Lua não há atmosfera nem vento? Esta é mais uma prova de que a tripulação da Apolo 11 simulou a alunissagem num estúdio, onde começou a ventar acidentalmente.
Verdade ou mentira?
Além da haste vertical, a bandeira tinha um suporte horizontal, para manter-se aberta. Ao ser fincado no solo, o mastro foi girado, criando o movimento. Justamente porque não existe atmosfera em solo lunar o movimento durou algum tempo (não há ar para brecá-lo). Além disso, as dobras do pano reforçam essa impressão. Aliás, se havia vento no estúdio, por que não se vê poeira?
Filmes ultra-resistentes
A “farsa” da Nasa
As temperaturas na superfície lunar variam de 120o Celsius negativos a 150o Celsius positivos. O fato é que nem filmes especiais seriam capazes de resistir a tamanha oscilação. Por isso, todas as fotos que você já viu sobre o homem na Lua (inclusive as que ilustram estas páginas) são, é claro, 100% falsas.
Verdade ou mentira?
De fato, nenhum filme agüentaria tais condições de temperatura. Só que os filmes não foram expostos a elas. No vácuo lunar o calor não se propaga por condução ou convecção, só por irradiação (incidência direta de luz) e seus efeitos podem ser muito reduzidos com proteção reflexiva. Por isso, as câmeras foram envolvidas com material branco – como as roupas.
Ouvir estrelas
A “farsa” da Nasa
Mais uma prova de que o homem não foi à Lua é o fato de que não aparecem estrelas no céu em nenhuma das fotos. Certamente os manipuladores da Nasa se esqueceram de colocá-las no cenário montado dentro do estúdio.
Verdade ou mentira?
Quantas vezes você já fez fotos à noite e apareceram estrelas? Além disso, em locais muito claros, como o solo dos desertos ou da Lua, o tempo de exposição do filme deve ser muito reduzido, o que impede que as estrelas sejam “impressas” na película.
Tem fogo?
A “farsa” da Nasa
As imagens do pouso e da decolagem em solo lunar não mostram as chamas expelidas pelo foguete e também não há marcas na superfície do satélite. Além disso, como os 3 astronautas poderiam retornar da Lua num módulo tão pequeno para caber o combustível necessário para impulsioná-lo?
Verdade ou mentira?
A combustão da mistura de hidrazina e tetróxido de nitrogênio produz uma substância incolor. Como não havia ar em volta da nave, os gases espalharam-se rapidamente. Ou seja, nada de chamas visíveis. O mesmo vale para a ausência de crateras. Como não há ar, a parte do solo atingida pelos gases não se dispersou. A gravidade menor exige menos energia para a decolagem.
Siga as pegadas
A “farsa” da Nasa
As marcas das botas usadas pelos astronautas são mais parecidas com pegadas feitas em solo úmido. Mas todo mundo sabe que na Lua não há água. Ou seja, as imagens são mais uma prova da grande armação.
Verdade ou mentira?
Essa nem os cientistas explicam direito. As fotos foram feitas para registrar a natureza da poeira lunar e os efeitos da pressão sobre o solo. E elas mostram que a superfície é seca, fina e se compacta facilmente, por causa da ausência de ar.













         Verdade Oculta




sábado, 5 de agosto de 2017

Projeto Montauk


Se você é fã da série “Stranger Things”, sabe que boa parte da trama gira em torno de um programa obscuro conduzido por cientistas do Governo dos EUA. Mas você sabia que esse aspecto do enredo teve como inspiração uma iniciativa — supostamente real — chamada Projeto Montauk?
De acordo com os conspiradores de plantão, os rumores envolvendo o Projeto Montauk começaram a circular em meados da década de 80, e o programa estaria focado no desenvolvimento de técnicas de guerra psicológica e envolveria pesquisas relacionadas com a expansão da mente humana, o teletransporte, a invisibilidade, as viagens no tempo e a outras dimensões.

Projeto Montauk

De acordo com Dave Gonzales, do portal Thrillist, segundo um cara chamado Preston B. Nichols, um suposto participante do Projeto Montauk que escreveu uma série de livros sobre suas experiências, as pesquisas eram conduzidas em um par de bases militares chamadas Montauk Air Force Station e Camp Hero, ambas localizadas em Long Island.

Aparentemente, depois de se desligar do programa, Nichols conseguiu recuperar algumas memórias que haviam sido suprimidas e deu várias entrevistas revelando o que acontecia nos laboratórios das bases. Mais precisamente, Nichols dizia se lembrar de ter participado de uma série de experimentos chamados Montauk Chair — ou Cadeira Montauk, em tradução livre.
Eleven passando por experimentos parecidos com os descritos por Nichols
Conforme disse, um dos testes realizados era o The Seeing Eye (“O Olho que Tudo Vê” em tradução livre), durante o qual um médium — um garoto identificado como Duncan — segurava uma mecha de cabelo ou um objeto qualquer pertencente a outra pessoa e, depois de se concentrar por alguns minutos, ver através dos olhos desse indivíduo, escutar tudo o que ele ouvia e até ter as mesmas sensações.
Nichols também revelou que, em uma das ocasiões, o médium teria libertado no mundo físico um monstro que se encontrava em seu subconsciente. Os transmissores conectados a Duncan apontaram que se tratava de uma criatura de aparência animalesca, enorme, malvada e faminta, e esse ser teria provocado certa destruição na base até ser capturado. O monstro inclusive teria sido visto por várias pessoas, mas, curiosamente, cada uma delas descreveu uma besta diferente.

Origens

Segundo Dave, os rumores apontam que o Projeto Montauk seria um desdobramento de outro programa supersecreto — e também considerado pelos céticos como nada menos do que uma elaborada teoria da conspiração — o Experimento Filadélfia
Você pode conferir todos os detalhes sobre esse intrigante experimento através deste link, mas, basicamente, ele consistiu em uma série de testes realizados pela Marinha dos EUA na década de 40. O projeto tinha como propósito aplicar a teoria do Campo Unificado de Albert Einstein e teria resultado no teletransporte de um navio de guerra — chamado USS Eldridge — da Filadélfia até a Virgínia com todos os tripulantes a bordo..

Pois Duncan, o tal médium-mirim mencionado por Nichols, seria um dos tripulantes a bordo do USS Eldridge e teria viajado no tempo, dos anos 40 até os 80, durante o experimento envolvendo a desmaterialização do navio de guerra — e sido incorporado no Projeto Montauk no corpo de um menino.
Ainda de acordo com Nichols, diversas crianças teriam participado dos experimentos, e algumas chegaram a ser enviadas a pontos desconhecidos do espaço-tempo através de um portal. Após vários anos de experimentos, os envolvidos no projeto desenvolveram a capacidade de viajar em relativa segurança no tempo e a outros lugares no espaço, como a Marte, por exemplo.
Além disso, eventualmente, os cientistas trabalhando no Projeto Montauk teriam inclusive construído uma espécie de máquina do tempo. Entretanto, depois do incidente envolvendo o monstro liberado por Duncan, os pesquisadores concluíram que estavam lidando com algo extremamente complexo e perigoso e decidiram que o melhor era dar um fim nos experimentos.

***

Agora, voltando ao seriado, curiosamente, antes de ele entrar em produção, seu nome não era Stranger Things, mas sim Montauk — em referência ao suposto projeto supersecreto conduzido pelos militares norte-americanos. Além disso, em vez de a história se desenrolar na cidadezinha (fictícia) de Hawkins, em Indiana, a trama também acontecia em Long Island, localização das bases em que os experimentos eram conduzidos.
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Quem estudou um pouco da História dos E.U.A sabe que eles vivem de hipocrisia. Para o resto do mundo dizem que são defensores da liberdade e todo aquele “blá blá blá” de “nós somos os mocinhos”. No entanto, a história mostra outro aspecto, mostra a real face desse país que sustenta os seus pilares nas guerras que cria. Faltou recurso, eles criam uma guerra! Economia anda fraca, eles criam uma guerra! Os pretextos são sempre os mais ridículos possíveis. A verdade é que eles, no fundo, desejam dominar o mundo… só não tem a arma certa para isso…. ainda! Não, não, o Projeto Montauk não é mais uma tentativa frustrada do “Pink & Cerebro” mas bem que poderia ser.
Existem muitas vertentes sobre a História da Origem do Projeto Montauk. Alguns afirmam que ele começou na Segunda Guerra Mundial, um projeto ousado que tinha como único proposito: encontrar tecnologias revolucionárias capazes de terminar definitivamente com qualquer ameaça aos EUA, derivado de um projeto anterior, o projeto Rainbow. Outros, todavia, dizem que começou em 1971, com a intenção de trazer mais poder à um escalão do governo americano. Independente do seu inicio e do seu próposito, esse projeto foi uma das coisas mais malucas que já foram feitas. Teóricos da conspiração relatam através de depoimentos de militares, políticos, cientistas que dizem terem participado dessa chimera cientifica que mais de 7 trilhões de dólares foram gastos em 10 anos de pesquisa. Esse alto custo se deve ao foco dos experimentos: estudo da viagem no tempo, hiperespaço, controle mental, genética avançada para criação de super-humanos, estudo de habilidades paranormais, imortalidade, controle do clima, entre outras completas bizarrices – praticamente um parque de diversões para o Dr. Water Bishop, de Fringe. Inicialmente, quando o projeto não tinha ramificado em diversos outros projetos, o local escolhido para abrigar essas doideras era Air Force Station (ou Camp Hero) em Montauk, Long Island. Sabe-se que o projeto Montauk deixou de ser denominado assim no final dos anos 80 e passou a uma nova etapa o qual iremos falar mais adiante. Preciso dizer que o governo sempre negou tudo? Sobre as provas, as únicas encontradas foram alguns documentos codificados que pouco se sabem sobre o real significado e os depoimentos de supostos envolvidos. E, claro, o dinheiro que foi gasto… que gerou um rombo enorme e que levantou suspeita. Porém, como trata-se de uma operação militar confidencial, os arquivos pertencem ao Exército, não podem ser investigados pelo Estado, a não ser por uma ordem presidencial. Sinceramente, todo presidente sabe que mexer com o poder do Exercíto não é uma boa opção, logo, o segredo será mantido.







Fontes: 



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Satanistas criam curso infantil para contrapor ensino cristão em escolas dos EUA

"Precisamos de uma filial no Brasil', diz internauta do Rio de Janeiro em site satanista"

Representantes de Deus e do Diabo na Terra estão disputando a atenção de alunos de escolas públicas nos Estados Unidos.
Desde 2001, a Suprema Corte americana permite que grupos religiosos ofereçam cursos extracurriculares a alunos da rede pública. Graças à regra, igrejas católicas e evangélicas espalharam os chamados "Clubes de Boas Notícias" por colégios de todo o país, com a missão de "evangelizar meninos e meninas com o Evangelho do Senhor, para estabelecê-los como discípulos da Palavra de Deus".
Com a imagem de um lápis escolar de três pontas, simulando um tridente, membros do Templo Satanista dos EUA decidiram aproveitar a legislação para "oferecer uma alternativa a crianças e pais" e questionar a legitimidade dos cursos cristãos na rede de ensino infantil.
"Se cursos religiosos são permitidos nas escolas, nós queremos espalhar nossos clubes por toda a nação para garantir que múltiplos pontos de vista estejam representados", disse à BBC Brasil Chalice Blythe, diretora nacional do programa "Satã Depois da Escola" (After School Satan Program, no original), do Templo Satânico dos EUA.
A estratégia inclui um convite em vídeo, com áudio invertido e imagens de crianças intercaladas com aranhas, bodes com longos chifres e outros símbolos satânicos, em que o grupo convoca estudantes para "aprenderem e se divertirem" com o satanismo.

Vídeo promocional do curso tem sons invertidos e imagens de crianças intercaladas com aranhas, bodes com longos chifres e outros símbolos satânicos, em que o grupo convoca estudantes para 'aprender e se divertir' com satanismo

Um livro de colorir chamado O grande livro de atividades das crianças satanistas, vendido por 10 dólares (aproximadamente R$ 33), estimula os pequenos a brincarem de "ligar os pontos para formarem um pentagrama invertido", símbolo clássico associado ao reino de Satanás.
Em coro com diversos grupos religiosos, a conservadora TFP (Tradição, Família e Propriedade) americana reagiu, classificando o projeto como "sacrilégio" e convocando fiéis a protestarem "pelo retorno da moral cristã".
"Precisamos frear a popularidade do satanismo", destacou a entidade, endossando uma onda de abaixo-assinados criados por igrejas para proibir cursos satânicos para crianças.

Ativismo x Religião

Com um discurso fortemente político, o Templo Satânico foi criado em 2014 como um novo ramo do Satanismo americano tradicional. O templo tem forte atuação em redes sociais, onde reúne mais de 100 mil seguidores - especialmente jovens. Em menos de três anos, o templo inaugurou "capítulos" (ou escritórios) em 13 Estados americanos.
Mais do que devotos do Diabo, entretanto, o projeto satanista vem ganhando popularidade entre ateus e ativistas políticos nos Estados Unidos e outros países.
"Precisamos de uma filial do templo no Brasil", escreveu um morador do Rio de Janeiro na página do grupo satanista no Facebook.

Ex-aluno de neurociência da Universidade de Harvard, americano tem como bandeiras a defesa do conhecimento científico e a separação entre religião e Estado

"O novo prefeito da minha cidade é um bispo evangélico e está começando a mostrar serviço em nome de Deus. Nas câmaras legislativas existem cultos para Jesus. Em nossa Constituição está escrito que somos um país secular, mas mesmo em nossa Suprema Corte temos um crucifixo na parede. Se até a nossa Justiça não respeita a Constituição, quem respeitará?", questionou o brasileiro, em meio a outros comentários críticos relacionando política e religião.
Fundador do Templo Satânico e ex-aluno de neurociência da Universidade de Harvard, o americano Lucien Greaves tem como bandeiras a defesa do conhecimento científico, das liberdades individuais e direitos humanos, da legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo e, acima de tudo, da separação entre religião e Estado.
O posicionamento gera ceticismo - estes satanistas seriam mesmo religiosos ou são um grupo político que se aproveita das leis ligada a religiões?
"O Templo Satânico é uma religião igual a qualquer outra, na medida em que nós (membros) temos um senso de identidade, comunidade, estrutura narrativa, cultura e valores compartilhados", responde a satanista Blythe, em entrevista à BBC Brasil.
"Não ter crenças ou fundamentos supersticiosos não nos torna menos sinceros em nossas ações e convicções do que aqueles que mantêm a crença em uma divindade", completa.
Mas, se o foco é científico e distante de misticismos, por que a opção pela imagem do diabo?
"Satanás é um símbolo do eterno rebelde em oposição à autoridade arbitrária", responde. "Nosso é o Satanás é o herege que questiona as leis sagradas e rejeita todas as imposições tirânicas".

'Disfarce'


Grupo que 'oferecer uma alternativa a crianças e pais' e questionar a legitimidade dos cursos cristãos na rede de ensino infantil dos EUA

Para o advogado constitucionalista John Eidsmoe, "a principal questão constitucional ligada a proposta de curso infantil satanista é entender se o Satanismo é uma religião".
"Não consigo prever como uma corte decidirá em relação a isso", afirmou Eidsmoe ao jornal religioso The Christian Post.
Além dos cursos infantis, a estratégia do templo Satânico inclui a instalação de monumentos dedicados a Satanás ao lado de estátuas cristãs em locais públicos e intervenções em procissões religiosas.
Para a maioria dos grupos cristãos tradicionais, estes satanistas seriam "ativistas políticos travestidos de religiosos".
"Este grupo não é legítimo. A única razão para ele existir é se opor aos Clubes de Boas Notícias, onde ensinam a moral, o desenvolvimento do caráter, patriotismo e respeito, de um ponto de vista cristão", afirmou, em nota, Mat Staver, fundador do grupo evangélico Liberty Counsel.
"O chamado grupo satanista não tem nada de bom para oferecer aos alunos. As escolas não precisam tolerar grupos que perturbem o ambiente e visam (prejudicar) outros clubes legítimos. Nenhum pai em sã consciência permitiria que seus filhos participem desse grupo", completou.
Para o pastor presbiteriano Jerry Newcobe, "um dos grandes problemas com a América contemporânea é o multiculturalismo, que abrange todos e todos sem discernimento".
"O cursos satanistas para crianças desrespeitam a lei porque querem proteger as crianças de qualquer forma de cristianismo", diz.

Programa

A proposta "Satã Depois da Escola" prevê encontros mensais de uma hora em salas alugadas por escolas públicas, nos mesmos moldes dos clubes cristãos. As reuniões incluem "uma refeição saudável, aulas de literatura, atividades de aprendizado criativo, ciências e artes".
"Todas as crianças são bem-vindas, independente de seu histórico religioso", ressaltam os satanistas na carta de apresentação do projeto a escolas.
À BBC Brasil, a porta-voz do Templo Satânico afirma que os cursos infantis não se propõem à devoção do Diabo, mas "a um currículo que enfatiza uma visão de mundo científica, racionalista e não supersticiosa", como alternativa aos dogmas do ensino cristão.
Questionada se preferiria que as aulas cristãs fossem canceladas, em vez de ter seus cursos satânicos em atividade nas escolas do país, Blythe mostra preferência pela primeira opção.
"Se o medo de os satanistas chegarem às escolas públicas for suficiente para justificar que todos os clubes religiosos sejam proibidos, veremos isso como um resultado positivo", diz a representante do grupo.
À reportagem, ela diz afirma que "os Clubes de Boas Notícias não deveriam ser permitidos em escolas públicas porque são uma ferramenta usada por fanáticos evangélicos para fazer proselitismo e doutrinar crianças jovens em sua visão extremista de mundo".
A porta-voz do Templo Satânico diz que o grupo está "trabalhando na criação de um programa de voluntariado para os cursos infantis para o ano letivo 2017-2018, que permitirá que os voluntários estabeleçam os clubes em suas escolas".
Questionado, o grupo não confirmou se obteve permissão oficial de alguma escola para a criação dos grupos no próximo ano letivo, que começa em setembro.





Fonte: BBC







quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A verdade sobre os Homens de Preto é revelada em novo livro da Biblioteca UFO

Ao longo da história da Ufologia, os ameaçadores Homens de Preto surgem para intimidar e acobertar a verdade sobre os UFOs

Um dos capítulos mais enigmáticos da história da Ufologia aconteceu em outubro de 1953, quando o ativo pesquisador Albert Bender anunciou seu desligamento da pesquisa ufológica. Em pouco tempo ele havia criado uma rede mundial de pesquisa ufológica, o Bureau Internacional de Discos Voadores (IFSB), além de publicar a Space Review, revista de muito sucesso no início dos anos 50. O IFSB cresceu rapidamente, com representantes em outros países, e Bendar cuidava praticamente sozinho de tudo.

Porém, em sue anúncio final, Albert Bender escreveu que boa parte da verdade sobre os UFOs fora revelada a ele, mas que não mais se dedicaria ao assunto: "Gostaríamos de publicar a história toda na Space Review, mas, devido à natureza das informações, sentimos muito termos sido aconselhados do contrário. Sugerimos também extremo cuidado a todos os envolvidos na pesquisa ufológica". O que poderia ter aterrorizado o antes ativo pesquisador, levando-o a atitude tão drástica? A resposta viria anos depois, quando foram reveladas as estranhas ocorrências na vida de Bender, culminando com uma aterradora visita.

Albert Bender, em certa ocasião, retornava para casa a noite tendo a sensação de ser seguido. Chegando em casa percebeu, na porta do sótão que lhe servia de escritório, uma luminosidade estranha. Ao entrar no aposento notou um objeto brilhante suspenso, que desapareceu assim que acendeu a luz. Depois ele examinou os arquivos do IFSB, percebendo alguns documentos fora do lugar. Ele tentou esquecer do assunto, mas outra experiência o perturbou pouco tempo depois. Estava em um cinema, quando teve de novo a sensação de ser observado. Olhando pelo canto do olho, observou aterrorizado uma figura materializar-se em uma poltrona próxima, um homem de roupas escuras cujos olhos pareciam brilhar. Bender sentiu-se nauseado e fechou os olhos. Ao abri-los, o estranho havia sumido. Pelos meses seguintes a sensação de náusea se repetiu, sempre diante de manifestações das figuras de roupas escuras.

ELES SURGEM PARA AMEAÇAR E ACOBERTAR

Albert Bender

Finalmente, em meados de 1953, Albert Bender recebeu a amedrontadora visita de três estranhos vestidos de preto, que de acordo com algumas fontes teriam revelado a ele a obscura verdade por trás dos UFOs, com o alerta de que jamais falasse a respeito. Os estranhos, antes de desaparecer, deixaram claro a Bender as terríveis consequências que ele sofreria se contasse a verdade. Esse foi o começo de uma história que o pesquisador inglês naturalizado norte-americano Nick Redfern tem compilado, e expõe com detalhes inéditos no mais novo livro da Coleção Biblioteca UFO, MIB: Os Verdadeiros Homens de Preto. Ao contrário do que é mostrado na franquia cinematográfica estrelada por Will Smith e Tommy Lee Jones, os verdadeiros Homens de Preto são figuras amedrontadoras, que não hesitam em ameaçar para cumprir seu objetivo de acobertar os UFOs, e frequentemente tão estranhos que talvez sequer sejam humanos.

A foto de um MIB obtida em 1968 por Tim Beckley

No livro, Nick Redfern reúne relatos de diversas testemunhas que têm em comum o infortúnio de terem experimentado encontros próximos com esses seres. Se em alguns casos os MIBs sequer parecem humanos, em outros eles terminam por se encaixar na descrição de agentes governamentais. Um exemplo é o incidente envolvendo o casal de ufólogos Jack e Mary Robinson, que em 1968 observaram por vários dias um estranho vestido de preto diante de sua casa. Eles alertaram os pesquisadores Jim MOseley e Tim Beckley, e este último obteve uma das únicas fotos disponíveis na literatura ufológica de um homem de preto. Redfern tem pesquisado a história dos MIBs, e o resultado é apresentado em MIB: Os Verdadeiros Homens de Preto, um dos maiores sucessos da Coleção Biblioteca UFO.


Quem se interessar e quiser adquirir um exemplar do livro, clique na imagem do livro.





Fonte: ufo










A Arte do Holocausto: A obra dos judeus detidos em guetos e campos de concentração


Uma exposição histórica foi inaugurada recentemente no Museu da História Alemã em Berlim. Pela primeira vez, obras de arte da coleção do Museu Yad Vashem, de Jerusalém, são exibidas no exterior – e justamente na Alemanha.

A mostra, chamada Arte do Holocausto, coincide com o 50º aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Alemanha e Israel.

Estão reunidos 100 desenhos e pinturas que foram feitos pelos prisioneiros judeus dos guetos e campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. A maioria das obras retrata a dura realidade do cotidiano sob o regime nazista, do ponto de vista dos judeus.

O próprio fato de muitos dos trabalhos terem sobrevivido até hoje já é quase um milagre: eles foram escondidos ou contrabandeados por amigos dos artistas sob alto risco de serem punidos. Aqui estão as histórias por trás de alguns deles:

Pavel Fantl, 'A Canção Acabou' (1941-1944)

Esse colorido desenho acima é um dos poucos na mostra que retratam os próprios nazistas. “Assim que vi essa peça, tive que colocá-la na exposição”, diz o curador Walter Smerling.

Fantl era um médico nascido em Praga e conseguiu pintar em segredo no gueto de Theresienstadt, graças a um policial tcheco que lhe fornecia o material.

“Aqui, ele retrata Hitler como um palhaço... É preciso imaginar a coragem e o senso de humor desafiador do artista”, afirma Smerling.

Fantl foi deportado para Auschwitz com sua mulher e seu filho e morto pelos nazistas em 1945. Um trabalhador tcheco conseguiu tirar os quadros do gueto e os escondeu dentro de um muro.

Felix Nussbaum, 'O Refugiado' (1939)

Nussbaum é o artista mais famoso da exposição. Ele foi preso na Bélgica em 1940, mas conseguiu fugir e permaneceu foragido com sua mulher em Bruxelas.

Este quadro mostra o isolamento do judeu alemão. “Aqui, ele se pergunta: ‘para onde posso ir, onde posso morar, onde posso trabalhar e existir?”, afirma o curador.

Nussbaum mandou a pintura para seu pai, em Amsterdã, de onde foi transferida para um colecionador particular e vendida em um leilão.

O artista foi morto em Auschwitz ao lado de sua mulher, em 1944.

Moritz Müller, 'Telhados no Inverno' (1944)

Moritz Müller estudou pintura em Praga e abriu uma casa de leilões. Após a invasão da então Tchecoslováquia, ele foi confinado no gueto de Theresienstadt, onde produziu mais de 500 obras.
Este quadro mostra o gueto como um idílio pacífico. “É uma das peças de destaque da mostra porque não retrata ninguém – e os guetos eram superlotados”, explica Smerling.
A viúva de um militar austríaco comprou algumas das pinturas de Müller e as escondeu em sua casa. O artista foi morto em Auschwitz em 1944.

Nelly Toll, 'Garotas no Campo' (1943)

Nelly Toll é a única artista desta exposição que ainda está viva. Nascida em Lviv, hoje na Ucrânia, ela pintou este quadro aos 8 anos de idade, quando vivia escondida com sua mãe junto a uma família cristã. A obra retrata a liberdade pela qual ela tanto ansiava.
Toll atualmente vive no Estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, e viajou a Berlim especialmente para a abertura da exposição, tendo sido recebida pela chanceler Angela Merkel.

Bedrich Fritta, 'Entrada pelos Fundos' (1941-1944)

Das mais de 140 mil pessoas deportadas para o gueto de Theresienstadt entre 1941 e 1945, cerca de 120 mil morreram. Fritta nasceu na Boêmia em 1906 e viveu no gueto antes de ser levado a Auschwitz, onde morreu, em 1944.
Ele e outros artistas do gueto esconderam seus trabalhos dentro das paredes e muros. “O portão semiaberto é uma metáfora da morte. Não há uma alternativa visível, a única saída é a escuridão”, afirma Smerling.
A obra foi presenteada ao Museu de Arte Yad Vashem, em Jerusalém, pela Comissão de Documentação de Praga.

Karl Bodek e Kurt Conrad Löw, 'Uma Primavera' (1941)

Smerling e os demais curadores da exposição escolheram esta para ser a imagem central da mostra, apesar de seu pequeno tamanho.
Uma colaboração entre dois artistas detidos no campo de Gurs, no sul da França, a pintura mostra uma borboleta pousada em uma cerca de arame farpado, diante da vista ao longe das montanhas da fronteira com a Espanha.
“Esse quadro representa a autoafirmação dos dois como pessoas e como artistas, e articula sua vontade de sobreviver e sua esperança de futuro”, explica o curador.
Low, de Viena, conseguiu fugir para a Suíça, mas Bordek foi levado para Auschwitz, onde foi morto.

Leo Haas, 'Chegada do Transporte' (1942)

Haas, que sobreviveu à Guerra, foi destacado pela administração autônoma do gueto de Theresienstadt para fazer esboços arquitetônicos para as construções no local.
Mas ele também criou representações a tinta que eram muito bem compostas e arranjadas.
Como Nussbaum, Haas usou símbolos de aves de rapina para sugerir a onipresença da morte. Ele também pintou a letra “V” no canto esquerdo inferior do quadro, um símbolo da resistência underground.
“É uma imagem incrível, na qual o artista coloca a morte e a organização da morte, mas ainda é capaz de pensar na vitória”, diz Smerling.

Charlotte Salomon, Autorretrato (1939-1941)

Salomon tem três obras na exposição, incluindo esta. A pintora nasceu em Berlim e conseguiu ir morar com os avós na casa de Ottilie Moore, uma milionária americana, em Villefranche, no sul da França.
Ela continuou a pintar durante o exílio. “Neste autorretrato, tudo parece estar em movimento e ela parece estar mostrando algo da tormenta interior que sentia”, conta Smerling.
Salomon foi presa pela Gestapo com seu marido em setembro de 1943 e foi mandada para Auschwitz, onde foi morta. Ela estava grávida de cinco meses.










Fonte: BBC Brasil

Fonte Original: BBC Culture
















domingo, 14 de fevereiro de 2016

O que é falso e o que é verdadeiro nos boatos sobre o zika


Nas últimas semanas, mensagens escritas e em áudio nas redes sociais – especialmente no WhatsApp – têm criado alarme na população ao narrar cenários catastróficos sobre o surto de zika vírus e sua relação com a epidemia de microcefalia no país.

Até o dia 30 de janeiro, foram notificados, segundo o Ministério da Saúde, 4.783 casos suspeitos de microcefalia, má-formação que prejudica o desenvolvimento do cérebro do bebê.

Destes, 404 casos de microcefalia foram confirmados - 17 têm ligação confirmada com o zika vírus, os outros estão sendo investigados. Outros 709 foram descartados e 3.670 continuam sob investigação.

O Ministério da Saúde, a Fiocruz e especialistas consultados pela BBC Brasil explicam o que é falso, o que é verdadeiro e o que ainda não está totalmente confirmado entre as afirmações dessas mensagens.

Falso: Vacinas contra sarampo e coqueluche causaram microcefalia

Diversos boatos circulam nas redes sociais dizendo que vacinas estragadas contra rubéola e sarampo dadas a grávidas teriam causado microcefalia.

Esta informação é falsa. Primeiro, grávidas não recebem esta vacina. Segundo especialistas e o Ministério da Saúde, as vacinas distribuídas pela pasta são seguras e passam por controle de qualidade.

Também há uma outra teoria, que partiu de um suposto estudo conduzido por um pesquisador independente chamado Plínio Bezerra dos Santos Filho, dizendo que o problema foi a oferta da mesma vacina - não estragada, dentro do prazo de validade - para mulheres em período fértil - e não para grávidas, como diz o outro boato.

O Ministério da Saúde afirma que "as vacinas dupla (rubéola e sarampo) e tríplice viral (rubéola, sarampo e caxumba) são usadas mundialmente, e não haveria condições de isso (más-formações) ocorrer apenas no Brasil" se a culpa fosse da imunização em período fértil.


Além disso, esse "estudo" diz que a vacina contra coqueluche (dTpa, contra coqueluche, difteria e tétano) aplicada no último trimestre de gestação, também teria influenciado no aumento dos casos.

Mas, segundo especialistas e o Ministério da Saúde, estas informações também não se confirmam.
O ministério diz que aplica em gestantes uma vacina contra coqueluche recomendada pela OMS e diz que ela, na verdade, "é comprovadamente uma estratégia importante na prevenção de adoecimento e morte de crianças pequenas".

"Não há até o momento nenhuma evidência científica nacional ou internacional que relacione o aparecimento da microcefalia à administração da vacina dTpa ou qualquer vacina que faça parte do calendário nacional de imunização", afirma o órgão.

De acordo com Pedro Tauil, infectologista da UnB, a vacina contra rubéola tem o vírus atenuado e, se ficassem no organismo seria apenas pelo período em que a própria doença fica, ou seja, cerca de uma semana - e não um ano, como diz o boato.

A vacina contra a coqueluche, segundo ele, também é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde.

Não há confirmação: Há aumento expressivo de casos de síndromes neurológicas associadas à zika

Ao menos seis Estados do Nordeste registraram, em 2015, aumento no número de casos registrados de Síndrome de Guillain-Barré, uma rara doença neurológica autoimune que pode ser provocada por diversos vírus e bactérias, incluindo o zika vírus, a dengue e a chikungunya.

A doença, que tem tratamento, provoca paralisia muscular e, em casos graves, pode atingir os músculos do tórax e impedir a respiração.

A OMS diz que pesquisadores estão estudando "uma relação potencial - mas não comprovada - entre surtos de Guillain-Barré e infecções pelo vírus da zika".

Segundo a organização, sete países reportaram um aumento na incidência de casos de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré desde o surgimento de surtos de zika.

No Brasil, a síndrome passou a ser registrada com mais frequência depois que foi confirmado que o vírus da zika poderia causá-la. Normalmente, os serviços de saúde não são obrigados a notificar ocorrências da doença para as secretarias estaduais.


O governo monitora a situação pelos registros de internações e atendimentos ambulatoriais relacionados à doença, que revelaram aumento nos casos no ano passado em relação a 2014.

Houve, por exemplo, 29,8% mais internações (1.868 em 2015 ante 1.439 em 2014) e 8,1% mais atendimentos ambulatoriais (69.703 ante 64.422). A alta foi puxada pelos Estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O governo do Rio de Janeiro anunciou que tornará obrigatória a notificação de casos, após registrar 17 ocorrências de junho a janeiro passado.

No entanto, segundo o ministério da Saúde, não é possível estabelecer se esses casos foram causados pela infecção por zika, e a ocorrência de Guillain-Barré relacionada ao vírus continua sob investigação.

"Temos visto um aumento dos casos de Síndrome de Guillain-Barré sim, o que faz sentido, já que temos um surto de dengue, zika e chikungunya", diz a médica pernambucana Maria Angela Rocha, chefe do serviço de infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, em Recife, e parte do grupo de pesquisa sobre o zika vírus e a microcefalia em Pernambuco.

"Mas não é nada como o aumento de casos de microcefalia que tivemos, que é muito fora do padrão."

De acordo com o vice-diretor do Instituto de Microbiologista da UFRJ Davis Fernandes Ferreira, a Polinésia Francesa registrou 20 vezes mais casos de Síndrome de Guillain-Barré após o surto de zika em 2014.

"Nós estamos vivendo possivelmente um dos maiores surtos documentados de zika vírus. Ainda estamos coletando os dados e tentando entender a relação entre ele e a síndrome."

Falso: Crianças de 1 a 7 anos e idosos estão apresentando 'sequelas neurológicas graves' após zika

Segundo as autoridades de saúde, não está havendo nenhuma mudança significativa nos padrões de casos de danos neurológicos graves em crianças - além do que, estes podem ser provocados por vários fatores, e não necessariamente pelo vírus da zika.



"O vírus da zika e outros, como varicela, herpes vírus, enterovírus e até dengue, podem causar outros danos neurológicos – encefalites, cerebelites e neurites (inflamações no sistema nervoso) –, mas no cenário atual não está havendo grande aumento desses casos em crianças. Isso acontece talvez em 1% dos casos totais e geralmente em pacientes com baixa imunidade", diz a neuropediatra Maria Durce Carvalho, que acompanha casos de microcefalia e outras infecções no Hospital Oswaldo Cruz, em Recife.

"Não sei de onde vem essa informação de que crianças de até sete anos seriam mais suscetíveis, mas não é bem assim", afirma.

Um dos áudios que circulam no WhatsApp diz que há crianças "chegando aos hospitais já em coma" em Pernambuco. Mas em nota sobre os boatos, a Secretaria de Saúde do Estado diz que "não está sendo observada, em qualquer idade, mudança no padrão de ocorrência dos casos de encefalite relacionados ao vírus da zika ou qualquer outro vírus".

"As crianças ou adultos podem apresentar diversos sintomas neurológicos, sendo que estas complicações têm ocorrido numa frequência muito baixa", afirma o comunicado.

O Ministério da Saúde, por sua vez, diz que "entre pessoas infectadas pelo vírus da zika, cerca de 80% não desenvolvem sintomas, sejam adultos ou crianças. Entre essas pessoas, apenas uma pequena parcela pode vir a desenvolver algum tipo de complicação, que deverá ser avaliada pelos médicos, uma vez que o zika é uma doença nova e suas complicações ainda não foram descritas".

Em estudo: Zika pode ser transmitida por fluidos corporais (sêmen, saliva, urina, leite materno, etc.)

Alguns trabalhos científicos internacionais identificaram a presença do vírus da zika no sêmen e no leite materno, mas os cientistas ainda pesquisam se a doença realmente pode ser transmitida por eles.

Na última sexta-feira, a Fiocruz constatou a presença do vírus zika ativo - com potencial de provocar infecção - na saliva e na urina, o que abriria a possibilidade de transmissão pela via oral, ainda sendo investigada. Por enquanto, ainda não é possível afirmar com certeza que o vírus é contagioso dessa forma.

Ainda assim, a entidade sugere a grávidas que evitem aglomerações, não compartilhem talheres ou copos ou beijem pessoas com suspeita de zika.

No caso da transmissão sexual, "(ela) seria possível, porque já há publicação e relato de pessoas com quem isso aconteceu. Mas é uma situação única, porque a pessoa tem que estar infectada, doente e ter relação exatamente nessa época. Não seria uma forma principal de infecção, mas é importante se prevenir", diz o microbiólogo Davis Ferreira.

Também na sexta-feira, o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC na sigla em inglês) emitiu comunicado sugerindo que gestantes em áreas da epidemia da zika - ou cujo parceiro viajou para áreas de risco - abstenham-se de relações sexuais desprotegidas.

Em 2011, um estudo divulgado na publicação científica Emerging Infectious Diseases registrou o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal, que passava por um surto de zika, teve os sintomas da infecção em casa. Sua mulher, que não havia saído dos Estados Unidos, foi infectada pelo vírus, o que levou à interpretação de que ela teria sido infectada pelo sêmen do marido.


Na última terça-feira, o CDC informou que "o laboratório do CDC confirmou o primeiro caso de zika vírus em um não viajante." Como a pessoa infectada não havia saído do país e estava em uma área que não tem presença de Aedes aegypti, o centro acredita que a transmissão tenha ocorrido por contato sexual.

O vírus também foi encontrado em amostras de leite materno de duas mães na Polinésia Francesa. No entanto, o vírus encontrado não era do tipo replicante, que transmite a doença.

Para Ferreira, é difícil que o vírus no leite cause infecção no bebê, já que o zika não é adaptado para a transmissão por via oral. "Transmitido pelo leite, ele teria que passar pelo estômago do bebê, e o suco gástrico (que ajuda a digerir os alimentos) é muito hostil", diz.

Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, ainda não existem provas suficientes de que o vírus possa ser transmitido pelo leite materno para que se recomende interromper a amamentação. Além da nutrição do bebê, o leite materno é importante para protegê-lo de doenças.

Além disso, os especialistas esclarecem que, ainda que infectado pelo vírus, o bebê recém-nascido não desenvolveria microcefalia, porque seu cérebro já está praticamente formado.

Verdade: A melhor proteção contra a zika é combater o mosquito Aedes aegypti

Até o momento, não há vacina contra o zika vírus no mundo. E o processo de desenvolvimento e aprovação de uma pode levar até 10 anos, segundo o Ministério da Saúde.

Além disso, atualmente é difícil até mesmo diagnosticar a doença e diferenciá-la com certeza da dengue e da febre chikungunya.


Portanto, a melhor forma de se prevenir continua sendo evitar o contato com o mosquito Aedes aegypti, que transmite todas elas.

Além de evitar manter água parada em reservatórios sem tampa ou em utensílios domésticos, é essencial usar repelente tanto em adultos quanto em crianças após os seis meses de idade.

Para gestantes e recém-nascidos, recomenda-se também usar roupas longas, que deixem menos partes do corpo expostas.

Algumas mensagens no WhatsApp recomendam o uso de repelentes caseiros, mas, segundo os médicos, não há comprovação de que eles sejam eficientes.

Nas farmácias, há repelentes à base de substâncias como DEET, EBAAP e Icaridina, em concentrações diferentes. Todos eles podem ser usados por gestantes e por crianças a partir dos 2 anos. Para as crianças, no entanto, são recomendados repelentes menos concentrados.

Os médicos recomendam passar o produto na pele e por cima das roupas, especialmente nos horários que os mosquitos mais atacam, à noite e no início da manhã.







Fonte: BBC Brasil